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Mais de 230 pessoas vivem nas ruas de Tubarão, aponta levantamento do MPSC

Tubarão/SC

13 de julho de 2025

Thayus Cesar | Redação AVP

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Um mapeamento realizado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) revelou que 234 pessoas vivem atualmente em situação de rua em Tubarão. O número posiciona a cidade entre as 13 com maior concentração dessa população no estado e expõe a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes e humanizadas.


De acordo com o estudo, a maioria dessas pessoas é homem (91,12%), branco (77,61%) e está na faixa etária de 30 a 39 anos (29,34%). Grande parte tem histórico escolar — 93,82% frequentou a escola e 89,96% sabe ler. Apesar disso, essa parcela da população permanece invisível para boa parte da sociedade.


As causas mais citadas para a situação de rua em Tubarão são: problemas familiares (51%), alcoolismo ou dependência química (35%) e perda da moradia (31%). O relatório também destaca que a maioria dessas pessoas está há menos de seis meses vivendo nas ruas, o que revela a fragilidade das redes de apoio e acolhimento diante de crises sociais e econômicas.


O levantamento faz parte de uma iniciativa do grupo PSR (Pessoas em Situação de Rua), criado pelo MPSC para estudar a realidade dessa população e propor soluções intersetoriais. Segundo o órgão, os dados servirão de base para recomendações aos municípios — e, se necessário, ações judiciais para assegurar os direitos dessa população.

Outro ponto crítico revelado pelo estudo é a ausência de estruturas essenciais em Tubarão, como o Centro POP (voltado ao atendimento especializado da população de rua), o que limita o acesso a serviços básicos de saúde, assistência social e reinserção social.


A Procuradora-Geral de Justiça, Vanessa Wendhausen Cavallazzi, defendeu a responsabilidade compartilhada entre poder público, setor privado e sociedade civil: “É preciso reconhecer que o cuidado com as pessoas em situação de rua é um compromisso coletivo. Precisamos garantir dignidade e respeito a quem mais precisa.”


Uma campanha de comunicação estadual também será lançada com o objetivo de combater o preconceito e esclarecer a realidade vivida por quem está em situação de rua — para que, além de números, essas pessoas sejam vistas como cidadãos com direitos constitucionais e histórias de vida que merecem acolhimento e oportunidades.

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